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http://monografias.uem.mz/handle/123456789/1097
Tipo: | Trabalho de Conclusão de Curso |
Título: | Análise da evolução da dívida externa moçambicana: razões da sua continuidade |
Autor(es): | Murrette, Jeremias Fenecela |
Primeiro Orientador: | Nhabinde, Armindo |
Resumo: | A dívida externa é um dos condicionalismos que entrava a eficiência econômica dos países devedores em benefício dos credores. Quando um país depara com insuficiência de capital financeiro devido ao déficit econômico e, se as condições internas forem incapazes de ajustar o equilíbrio, impreterivelmente tem que recorrer ao financiamento externo. A dívida externa é aceitação de um crédito externo em que sujeita-se ao pagamento de juros ou não com reembolso do capital num determinado prazo de amortização do crédito. Existem três motivos para o endividamento interno: financiamento do déficit orçamentai; implementação de políticas monetárias; e desenvolvimdento do sector financeiro. As consequências clássicas da dívida externa preconizam um dinamismo incessante dos determinantes que criam uma ilusão de que a dívida nunca exaurirá. Portanto, a razão deste trabalho está ligada com a evolução da dívida externa apesar de haver várias inciativas para a sua redução no âmbito do HIPC. Com este programa esperava-se que a dívida externa poderia ser reduzido, mas nota-se que a mesma continua a crescer. Pois, o investimento num país endividado não consegue gerar rendimentos que garantam estabilidade da sua economia a curto ou médio prazo uma vez que as receitas resultantes das suas actividades são canalizadas para o pagamento da dívida externa. As causas da crise da dívida externa têm suporte em vários factores de natureza interativa e complexa, tais como a aplicação de políticas fiscal e monetária expansionistas, por exemplo a necessidade de desenvolvimento; a elevada fuga de capitais e, a recessão da economia mundial. E, do estudo realizado, constata-se que a dívida no geral está a evoluir de ano para ano, as receitas de exportações de bens e serviços ainda não são suficientes para honrar com os compromissos da dívida, apesar de programas de alívio. Todavia, o stock da divida externa de Moçambique teve uma tendência decrescente no período compreendido entre 1999 a 2002, como resultado dos alívios concedidos no âmbito da iniciativa HIPC e pela comunidade internacional através do Clube de Paris, de cerca de 6 biliões passou para 4,6 biliões de dólares em 31 de Dezembro de 2005 e para 3,3 biliões de dólares em 2006. Apesar desta tendência, após HIPC, a dívida bilateral com os países não pertecentes ao grupo da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento registou um acréscimo no seu peso em relação ao total, mas em termos absolutos houve redução média em cerca de 72% e 56,1% do stock da dívida com os países da OCDE e não membros desta organização. Também houve reduções na dívida multilateral, entre 1998 a 2002, baixou 29,3% de 2,1 biliões de dólares americanos para 1,5 biliões de dólares. No período compreendido entre 1992 a 2002 verifica-e que a dívida paga é inferior a dívida vencida, mesmo após o alívio, o serviço da dívida foi crescendo, as receitas das exportações de bens e serviços foram insuficientes, razão da manutenção do recurso ao financiamento e endividamento externo. Entretanto, concretizada a efectividade do HIPC II no ano de 2001, os níveis da dívida passaram para USD55 milhões/ano no período 2000/2006 e a previsão de USD82 milhões no período 2007/2012 e para USD98 milhões no período 2013/2017, contra os níveis anuais de USD73 milhões, USD99 milhões e USD117 milhões, que teriam lugar no HIPC I e de USD 172 milhões, USD203 milhões e USD251 milhões/ano que teriam lugar na inexistência do HIPC I. Face a estas constatções, para evitar a crise da dívida externa e comprometimento dos esforços de desenvolvimento, as autoridades govemametais devem criar mecanismos que permitam reduzir a dependência externa, aumentando disponíveis.a produção, garantindo a exportação e maximizar a opção de financiamento através de donativos, recorrendo a créditos, sobretudo aos concessionais, sómente para sectores de vital importância para a economia nacional. E, por último prestar maior atenção e de forma integrada às áreas sociais, produtivas e infra-estruturas para garantir o desenvolvimento e crescimento econômico, passando pela melhor alocação, utilização e avaliação dos recursos |
Abstract: | External debt is one of the constraints that hinder the economic efficiency of debtor countries in favor of creditors. When a country is faced with insufficiency of financial capital due to an economic deficit and, if internal conditions are unable to adjust the balance, it absolutely has to resort to external financing. External debt is the acceptance of a foreign credit in which it is subject to the payment of interest or not with repayment of the capital within a given credit repayment period. There are three reasons for domestic indebtedness: budget deficit financing; implementation of monetary policies; and development of the financial sector. The classic consequences of the external debt advocate an incessant dynamism of the determinants that create an illusion that the debt will never run out. Therefore, the reason for this work is linked to the evolution of the external debt, although there are several initiatives for its reduction under the HIPC. With this program it was expected that the external debt could be reduced, but it is noted that it continues to grow. For, investment in an indebted country cannot generate income that guarantee stability of its economy in the short or medium term, since the income resulting from its activities is channeled towards the payment of the external debt. The causes of the external debt crisis are supported by several factors of an interactive and complex nature, such as the application of expansionary fiscal and monetary policies, for example the need for development; the high capital flight and the recession of the world economy. And, from the study carried out, it appears that the debt in general is evolving from year to year, revenues from exports of goods and services are still not sufficient to honor debt commitments, despite relief programs. However, Mozambique's external debt stock had a declining trend in the period between 1999 and 2002, as a result of relief granted under the HIPC initiative and by the international community through the Paris Club, from about 6 billion to 4, US$ 6 billion on December 31, 2005 and to US$ 3.3 billion in 2006. Despite this trend, after HIPC, bilateral debt with countries outside the Organization for Economic Cooperation and Development group increased in its weight in relation to the total, but in absolute terms there was an average reduction of around 72% and 56.1% of the debt stock with OECD countries and non-members of this organization. There were also reductions in multilateral debt, between 1998 and 2002, which fell by 29.3% from 2.1 billion US dollars to 1.5 billion US dollars. In the period between 1992 and 2002 it appears that the debt paid is lower than the debt overdue, even after the relief, the debt service grew, the revenues from exports of goods and services were insufficient, reason for the continued recourse to financing and external indebtedness. However, once HIPC II became effective in 2001, the debt levels rose to USD55 million/year in the 2000/2006 period and the forecast of USD82 million in the 2007/2012 period and to USD98 million in the 2013/2017 period, against annual levels of USD73 million, USD99 million and USD117 million that would have taken place in HIPC I and of USD 172 million, USD203 million and USD251 million/year that would have taken place in the absence of HIPC I. In view of these findings, to avoid the external debt crisis and compromise development efforts, government authorities must create mechanisms that allow reducing external dependence, increasing production availability, guaranteeing exports and maximizing the financing option through donations , resorting to credits, especially to concessionaires, only for sectors of vital importance to the national economy. And, finally, pay greater attention and in an integrated manner to the social, productive and infrastructure areas to ensure economic development and growth, through better allocation, use and evaluation of resources |
Palavras-chave: | Dívida externa Determinantes da dívida Estratégia da redução Moçambique |
CNPq: | Ciências Sociais Aplicadas Economia |
Idioma: | por |
País: | Moçambique |
Editor: | Universidade Eduardo Mondlane |
Sigla da Instituição: | UEM |
metadata.dc.publisher.department: | Faculdade de economia |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://monografias.uem.mz/handle/123456789/1097 |
Data do documento: | 2-Set-2007 |
Aparece nas coleções: | FACECO - Economia |
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