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http://monografias.uem.mz/handle/123456789/2447
Tipo: | Trabalho de Conclusão de Curso |
Título: | Um sozinho não luta: O processo mútuo de construção da violência entre os parceiros conjugais |
Autor(es): | Mubate, Cremildo Luís Simão |
Primeiro Orientador: | Gune, Emídio |
Resumo: | O estudo analisa o processo de construção da violência no contexto das relações conjugais. A literatura dominante olha para a violência (independentemente do local de ocorrência, do tempo, do contexto, das causas e dos agentes envolvidos) como violência doméstica. E quando se desenvolvem estudos sobre a dita violência “doméstica” as suas análises ancoram em dois pontos fundamentais: Primeiro, os estudos concentram as suas análises simplesmente para a dimensão física da violência, deixando de fora a dimensão económica, social, psicológica e verbal da violência- mesmo etnografando-as ao longo do trabalho de campo, elas são ignoradas no momento analítico do fenómeno; Segundo, a violência é explicada a partir do modelo patriarcal da dominação masculina. De acordo com a explicação deste modelo, os indivíduos de sexo masculino são os agentes perpetradores da violência contra os indivíduos de sexo feminino. Pensar sobre a violência de acordo com este modelo é problemático em dois pontos: a) Pelo seu carácter generalista- olha para o individuo de sexo masculino, em todas as sociedades, tempos e contextos, como o agente perpetrador da violência; b) Ponto está no facto de explicar o fenómeno de violência a partir da dimensão material do corpo- olha para o pénis como factor definidor na prática da violência. Com base nos dados etnográficos recolhido no GAM do Bairro Alto-Maé, na cidade de Maputo, o estudo decidiu olhar para o fenómeno de violência à aluz da perspectiva processualista (desenvolvido pelo antropólogo Walter Neves) e Perspectiva de Acção Social de Max Weber. Em síntese, a análise dos dados permite concluir que a violência, no contexto das relações conjugais, é um fenómeno mutuamente construído ao longo do tempo entre os parceiros conjugais, que pode ou não desembocar na violência física. Também, os dados permitem afirmar que os parceiros (as) conjugais são seres cientes das suas próprias individualidades e capazes de se verem de fora como os outros lhes vêm, e são indivíduos com capacidade de criar estratégias adaptativas de resposta à violência. |
Abstract: | The study analyses the process of the construction of violence in the context of relationships. The dominant literature looks at violence (regardless of the place of occurrence, time, context, causes and actors involved) as domestic violence. And when studies on so-called "domestic" violence are developed, their analysis First, the studies focus their analysis simply on the physical First, studies focus their analysis simply on the physical dimension of violence, leaving out the First, the studies focus their analysis simply on the physical dimension of violence, leaving out the economic, social, psychological and verbal fieldwork, they are ignored at the analytical moment of the phenomenon; Second, violence is explained from the patriarchal model of male domination. According to the explanation of this model, male individuals are the perpetrators of violence against females. Thinking about violence according to this model is problematic in two ways: (a) by its generalist nature-it looks at the individual male, in all societies, times and contexts, as the perpetrator of violence; b) The point is that it explains the phenomenon of violence from the material dimension dimension of the body - it looks at the penis as the defining factor in the practice of violence. Based on the ethnographic data collected in GAM in Bairro Alto-Maé, in Maputo City Maputo, the study decided to look at the phenomenon of violence in the light of the processualist perspective (developed by anthropologist Walter Neves) and Max Weber's Social Action Weber's Social Action Perspective. In summary, the analysis of the data allows us to conclude that violence in the context of conjugal relationships, is a phenomenon that is mutually constructed between the conjugal partners, which may or may not lead to physical violence. The data also allow us to affirm that the marital partners are beings aware of their own individuality and their own individuality and are capable of seeing themselves from the outside as others see them and are individuals with the capacity to create adaptive strategies of response to violence. to violence. (TRADUÇAO NOSSA) |
Palavras-chave: | Violência Relações conjugais Construção mútua Género |
CNPq: | Ciências Humanas Antropologia |
Idioma: | por |
País: | Moçambique |
Editor: | Universidade Eduardo Mondlane |
Sigla da Instituição: | UEM |
metadata.dc.publisher.department: | Faculdade de Letras e Ciências Sociais |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://monografias.uem.mz/handle/123456789/2447 |
Data do documento: | Mar-2013 |
Aparece nas coleções: | FLSC - Antropologia |
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