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http://monografias.uem.mz/handle/123456789/2139
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.creator | Daniel, Josefina | - |
dc.date.accessioned | 2021-12-08T10:19:49Z | - |
dc.date.issued | 1997-11-20 | - |
dc.identifier.uri | http://monografias.uem.mz/handle/123456789/2139 | - |
dc.description.abstract | The area of this study is the Mueda Plateau. Addressing the mechanisms of access and control of land by women in this area, from 1930 to the present, is its objective. The interviews carried out in the field confirm that in pre-colonial Makonde society, the Makondes lived in villages run by their respective chiefs. Land issues were dealt with in the context of each village. The man, brother and maternal uncle, was the holder of government power. The woman was considered the owner of the cultivated fields, the barns and the housewife. The man, the husband, was subordinate, for some time, to the wife, in matters of the usufruct of the land. At that time, the social family had the greatest weight. The presence of his maternal uncle and the protection he gave to his sisters and nieces and living in villages, strengthened the ties between the members of the lineage. The colonial conquest of the Mueda Plateau and the implementation of coercive policies, as well as the integration of Maconde society into the regional economy, led to a profound transformation in the area. At the household level, the local population was diverted from their productive activity. Coercive policies affected both men and women. The forced cultivation of cotton was a major shift in the pattern of land distribution. Those who demarcated the cultivated land were the officials of the Colonial State. This new pattern did not play with the distribution of land via maternal uncles. The introduction of goods into Maconde society, with the departures to then Tanganyika, was, on the other hand, another change that took place in this matrilineal society. The economic power of men, who became economically stronger than the guardians of the lineages, contributed to the loss of power of the maternal uncles. This situation took on negative contours with the intensification of forced cultures. Until the 1950s, the uncles had lost control over material goods, with the land resource being the only good in their possession. The beginning of the armed struggle dispersed the populations, forcing them to use the land resource in conditions of war. The dispersion of the members of the lineage, as well as collective production and living, carried out by FRELIMO, contributed to the weakening of the power of the maternal uncles. The Makonde society, emerging from the armed struggle, was in "crisis", both with regard to the power of the maternal uncle, and with regard to his lineage institution. The establishment of communal villages in the post-independence period further accentuated this "crisis". This phase can be understood as the beginning of the woman's growing pauperization. The fall in the role of uncles meant the end of access to land on favorable terms by women, and explains the "crisis" that women are currently experiencing in terms of access to this resource in Makonde society. This situation takes extreme contours today, as it depends mainly on the usufruct of the land via marriage via the maternal uncle. It is, therefore, that the implementation of projects that facilitate the use of the land resource by women is suggested, since they are the main producer and manager of food in the family context (TRADUÇÃO NOSSA) | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Eduardo Mondlane | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Gênero | pt_BR |
dc.subject | Acesso a terra | pt_BR |
dc.subject | Sociedade Maconde | pt_BR |
dc.subject | Planalto de Mueda | pt_BR |
dc.title | As relações de gênero e o acesso e controle da terra pela mulher na sociedade Maconde do Planalto de Mueda, 1930 à actualidade | pt_BR |
dc.type | Trabalho de Conclusão de Curso | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Chilundo, Arlindo Gonçalo | - |
dc.description.resumo | A área do presente estudo é o Planalto de Mueda. Abordar os mecanismos de acesso e controle da terra pela mulher nesta área, entre 1930 à actualidade, constitui o seu objectivo. As entrevistas realizadas no terreno confirmam que na sociedade maconde pré- colonial,os macondes viviam em povoações dirigidas pelos respectivos chefes. As questões da terra eram tratadas no contexto de cada povoação. O homem, irmão e tio materno, era o detentor do poder governativo. A mulher era considerada a dona dos campos de cultivo, dos celeiros e dona de casa. O homem, esposo, subordinava-se, por algum tempo,à esposa, em questões de usufruto da terra. Nessa época, a família social era a que tinha maior peso. A presença do tio materno e a protecção que dava às suas irmãs e sobrinhas e a vivência em povoações, fortificavam os laços entre os membros da linhagem. A conquista colonial do Planalto de Mueda e a implantação de políticas coercivas, bem como a integração da sociedade maconde na economia regional, levaram a uma transformação profunda na área. A nível do agregado familiar, a população local foi desviada da sua actividade produtiva. As políticas coercivas, afectaram tanto o homem como a mulher. O cultivo forçado de algodão foi a grande viragem no padrão de distribuição da terra. Quem demarcava os terrenos de cultivo eram os oficiais do Estado Colonial. Esse novo padrão não jogava com a distribuição da terra via tios maternos. A introdução de bens na sociedade maconde, com as idas para o então Tanganhica foi, por outro lado, uma outra mudança que se verificou nessa sociedade matrilinear. O poderio econômico dos homens, que se tomaram fortes economicamente que os guardiões das linhagens, contribuiu para a perca de poder dos tios maternos. Essa situação tomou contornos negativos com a intensificação de culturas forçadas. Até aos anos 50, os tios matemos tinham perdido o controle sobre os bens materiais, sendo o recurso terra o único bem que estava em seu poder. O início da luta armada dispersou as populações, obrigando-as a usufruir do recurso terra em condições de guerra. A dispersão dos membros da linhagem, bem como produção e vivência colectivas, levadas a cabo pela FRELIMO, contribuiram para a fragilização do poder dos tios maternos. A sociedade maconde saída da luta armada estava em " crise", quer no que diz respeito ao poder do tio materno, quer no que concerne à sua instituição linhageira. O estabelecimento de aldeias comunais no período pós-independência, acentuou, ainda mais, essa "crise". Essa fase pode ser entendida como a de início de pauperização crescente da mulher. A queda do papel dos tios matemos significou o fim de acesso à terra em condições favoráveis, pela mulher, e explica a "crise" que a mulher vive actualmente em termos de acesso à esse recurso na sociedade maconde. Essa situação toma contornos extremos na actualidade, pois que ela depende principalmente do usufruto da terra via casamento que via tio materno. É, assim, que se sugere a implementação de projectos que facilitem a utilização do recurso terra pela mulher, uma vez que ela constitui o principal produtor e gestor do alimento no contexto familiar | pt_BR |
dc.publisher.country | Moçambique | pt_BR |
dc.publisher.department | Faculdade de Letras e Ciências Sociais | pt_BR |
dc.publisher.initials | UEM | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Ciências Humanas | pt_BR |
dc.subject.cnpq | História | pt_BR |
dc.description.embargo | 2021-12-02 | - |
Aparece nas coleções: | FLSC - História |
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Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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1997 - Daniel, Josefina. pdf | 3 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
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