DSpace at My University FLSC - Faculdade de Letras e Ciências Sociais FLSC - História
Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://monografias.uem.mz/handle/123456789/2138
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso
Título: O fim da guerra colonial em Moçambique: factores e circunstâncias
Autor(es): Filipe, Jossias
Primeiro Orientador: Sem Nome
Resumo: É sabido que as guerras só começam quando os meios diplomáticos de resolver diferendos, não logram os objectivos visados. Mas do seu término, ficam questões por esclarecer sobretudo quando ocorre não produto de uma derrota de uma das partes no terreno. Em 1964, quando a guerra eclode em Moçambique, tinha fracassado toda a diplomacia de Mondlane e outros moçambicanos visando a Independência do território ao abrigo da carta das Nações Unidas. Salazar, esse, sustentava a tese de "defesa do Ultramar pela força das Armas". O desencadeamento da operação "Nó Górdio" em 1970 corresponde à prossecução da política de Salazar de defender o Ultramar pela força das armas e visava o fim vitorioso da guerra em pouco tempo, através de uma complexa articulação de meios militares com os da guerra psicológica. Em finais de 1972, toda a convicção inicial das autoridades coloniais relativamente à operação "Nó Górdio" tinha ruído e, em 1974, a dinâmica e o progresso da guerra começavam a pôr em pânico grande parte do sector europeu das populações do centro que ainda não acreditava na sua aproximação da guerra. Os massacres e a velocidade da africanização da guerra, através da constituição de diferentes corpos de tropas africanas {Flechas, Comandos, GE' s e GEP’s), caracterizaram a actnação do exército português entre os finais de 1972 e o anc de 1974. A Guerrilha da Frelimo, mais motivada, ia descendo mais para o sul, preocupando cada vez mais, a África do Sul e a Rodésia, colaboradores de há já alguns anos, das Forças Armadas Portuguesas. Spínola, considerou, em 1973 que "se aproximava cada vez mais a contigência do calapso Militar" e que "o estado de deterioração em que se encontravam as forças armadas, inviabilizava a solução militar para o problema do Ultramar" o que exigia a solução política como alternativa. Por sua vez, Costa Gomes reconhecia, „em Moçambique, -em-princípios de 1974, que "Encontramo- nos numa situação difícil, a subversão se tem expandido para o sul e não pode ser eficientemente combatida pelas forças militares". Se se considerar a posição de Salazar no início da guerra em 1964, o desencadear e os objectivos da operação Nó Górdio, em, 1970, pode-se ver claramente que, pelas considerações de Spínola em 1973
Abstract: It is well known that wars only start when diplomatic means of resolving disputes do not achieve the intended objectives. But when it ends, questions remain to be clarified, especially when it does not occur as a result of a defeat by one of the parties on the ground. In 1964, when war broke out in Mozambique, all the diplomacy of Mondlane and other Mozambicans aiming at the independence of the territory under the United Nations charter had failed. Salazar, that, supported the thesis of "the defense of the Overseas by the force of the Arms". The launching of the "Górdio Node" operation in 1970 corresponds to the continuation of Salazar's policy of defending the Ultramar by force of arms and aimed at the victorious end of the war in a short time, through a complex articulation of military means with those of psychological warfare. By the end of 1972, all the initial conviction of the colonial authorities regarding the operation "Górdio's Node" had disappeared and, in 1974, the dynamics and progress of the war began to panic a large part of the European sector of the populations of the center that had not yet he believed in his approach to war. The massacres and the speed of the Africanization of the war, through the constitution of different corps of African troops (Arrows, Commands, GE's and GEP's), characterized the activation of the Portuguese army between the end of 1972 and the year of 1974. The more motivated Frelimo Guerrilla moved further south, increasingly worrying South Africa and Rhodesia, collaborators with the Portuguese Armed Forces for some years. Spinola, considered in 1973 that "the contingency of the Military calapso was getting closer and closer" and that "the state of deterioration in which the armed forces were, made the military solution to the problem of Overseas unfeasible" which required a political solution as an alternative. In turn, Costa Gomes recognized, „in Mozambique,„-in-the-beginning of 1974,.., that "We are in a difficult situation, subversion has expanded to the south and cannot be efficiently fought by the military forces". If one considers Salazar's position at the beginning of the war in 1964, the triggering and objectives of the Nó Górdio operation in 1970, it can be clearly seen that, by the considerations of Spínola in 1973(TRADUÇÃO NOSSA)
Palavras-chave: Guerra colonia
Moçambique
Operação Nó - Gordio
CNPq: Ciências Humanas
História
Idioma: por
País: Moçambique
Editor: Universidade Eduardo Mondlane
Sigla da Instituição: UEM
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Letras e Ciências Sociais
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://monografias.uem.mz/handle/123456789/2138
Data do documento: 31-Jan-1997
Aparece nas coleções:FLSC - História

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
1997 - Filipe, Jossias.pdf5.02 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.