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http://monografias.uem.mz/handle/123456789/2122
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
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dc.creator | José, Paulo Lopes | - |
dc.date.accessioned | 2021-12-08T08:58:17Z | - |
dc.date.issued | 2001-11-01 | - |
dc.identifier.uri | http://monografias.uem.mz/handle/123456789/2122 | - |
dc.description.abstract | With the discovery of the hydroelectric potential of the Cahora Bassa rapids, the Portuguese government, through the Zambezi Development and Settlement Mission (MFPZ) started multidisciplinary studies between 1958 and 1966, that the construction of the hydroelectric dam in the Zambezi Gorge needed to be viable. later taken the name of Cahora Bassa. The design of the dam project was conceived by Hidrotécnica Portuguesa (HP), and implemented by the Zambeze Consórcio Limitada (ZAMCO) between 1969-1977. Before the start of the construction of the dam, the Zambezi Planning Office (GPZ) endeavored to provide minimum conditions for the start of the works, for that purpose, it built the Tete / Estima / Songo road, built on the basis of forced labor. 1 For the construction of the dam, the objective had to be found to bring semi-qualified and experienced skilled labor to Songo without the need for professional training. To this end, a ZAMCO recruited experienced men mostly from southern Mozambique for the mining work. From 1972 onwards, with the opening of the Maroeira Control Post and the end of a large part of the mining works, Maroeira became the main post for selection and hiring of labor until the end of the works. Specialized labor was recruited in Europe by representatives of the companies involved in the construction of the dam. Also recruited were Zimbabwean Africans, Zambians, Cape Verdean Malawians and South Africans who had work experience in carpentry, driving machinery or mining work in the case of South Africans. From 1969 to 1975 approximately 600 Portuguese nationals recruited in the metropolis and in Lourenço Marques worked, against 150 to 200 of other nationalities. At the time of the same ZAMCO employed an average of 3000 African workers. In Cahora Bassa, the housing situation was far below the criteria adopted by the Occupational Health and Safety Norms 2. The camps were made in order to provide shelter for many workers, but far from satisfying the conditions required by the Norms. Food in particular at the African Camp was a problem during the construction of the dam. It is designed to ensure compliance with workers, not their health. .Class and identity relations were designed to ensure the survival of the ruling class, where Africans, in particular Mozambicans, appeared at the tail of the social hierarchy imposed by colonialism, reusing the fragility of the social fabric among workers, to divide and reign, thus reviving the exploitative agenda of Portuguese sub-capitalism. Hierarchical government structures far from offering decent conditions to workers1 Labor was recruited in Zumbo, Mukumbura, Estima and Chicoa Velha. These workers received at the end of 3 or 6 months of work only a blanket, salt, soap and Portuguese wine. 2 Annex no. 6 of the Contract for the execution of the Cahora Bassa project in Mozambique. See reference in bibliography | pt_BR |
dc.language | por | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Eduardo Mondlane | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.subject | Cahora Bassa | pt_BR |
dc.subject | Recrutamento de mão-de-obra | pt_BR |
dc.title | O recrutamento de mão-de-obra e a construção da barragem de Cahora Bassa, 1969-1975 | pt_BR |
dc.type | Trabalho de Conclusão de Curso | pt_BR |
dc.contributor.advisor1 | Chilundo , Arlindo Gonçalo | - |
dc.description.resumo | Com a descoberta das potencialidades hidroeléctricas dos rápidos de Cahora Bassa, o governo português através da Missão de Fomento e Povoamento do Zambeze (MFPZ) iniciou estudos multidisciplinares entre 1958 e 1966, que mostraram ser viável a construção de barragem hidroeléctrica na garganta de Zambeze que, adiante tomou o nome de Cahora Bassa. O desenho do projecto da barragem foi concebido pela Hidrotécnica Portuguesa (HP), e implementado pela Zambeze Consórcio Limitada (ZAMCO) entre 1969-1977. Antes do arranque da construção da barragem, o Gabinete de Plano do Zambeze(GPZ), empenhou-se em providenciar condições mínimas para o arranque das obras, para tal, construiu a estrada Tete/ Estima/Songo, feita com base no trabalho forçado.1 Para a construção da barragem teve que se encontrar estratégias de trazer para o Songo mão-de-obra qualificada semi-qualificada e experiente sem contudo ser necessário a sua formação profissional. Para tal, a ZAMCO recrutou homens experientes na sua maioria do sul de Moçambique para os trabalhos de mining. A partir de 1972 com a abertura do Posto de Control de Maroeira e o fim de grande parte das obras de mining, Maroeira passou a ser o posto principal de selecção e contratação de mão-de-obra até o final das obras. A mão-de-obra especializada era recrutada na Europa pelas representantes das empresas que estavam envolvidas na construção da barragem. Também se recrutou africanos zimbabweanos, zambianos, malawianos cabo-verdianos e sul africanos que possuíam experiência de trabalho em carpintaria, condução de máquinas ou no trabalho mineiro para o caso dos sul-africanos. De 1969 a 1975 trabalharam aproximadamente 600 nacionais portugueses recrutados na metrópole e em Lourenço Marques contra os 150 a 200 de outras nacionalidades. Na mesma altura a ZAMCO empregou em média 3000 trabalhadores africanos. Em Cahora Bassa a situação habitacional esteve muito aquém dos critérios estabelecidos pelas Normas de Higiene e Segurança no Trabalho 2. Os Acampamentos foram feitos de maneira a proporcionar abrigo a muitos trabalhadores, mas longe de satisfazer as condições exigidas pelas Normas. A alimentação em particular no Acampamento Africano foi um problema que durante a construção da barragem. Ela foi concebida de modo a garantir a sobrevivência aos trabalhadores e não a sua saúde. As relações de classe e de identidade foram concebidas de modo a assegurar a sobrevivência da classe no poder, onde aos africanos em particular os moçambicanos apareciam na cauda da hierarquia social imposta pelo colonialismo, reaproveitando a fragilidade do tecido social entre os trabalhadores, para dividir e reinar, revivendo deste modo a agenda exploradora do sub-capitalismo português. Longe de oferecer condições dignas aos trabalhadores as estruturas hierárquicas do governo 1 A mão-de-obra foi recrutada em Zumbo, Mukumbura, Estima e Chicoa Velha. Estes trabalhadores recebiam no final de 3 ou 6 meses de trabalho apenas uma manta, sal, sabão e vinho português. 2 Anexo n.° 6 do Contrato para a execusão do empreendimento de Cahora Bassa em Moçambique. Ver a referência na bibliografia. | pt_BR |
dc.publisher.country | Moçambique | pt_BR |
dc.publisher.department | Departamento de Historia | pt_BR |
dc.publisher.initials | UEM | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Ciências Humanas | pt_BR |
dc.subject.cnpq | História | pt_BR |
dc.description.embargo | 2021-12-06 | - |
Aparece nas coleções: | FLSC - História |
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